Análise, Entendimento e Classificação Etária
- Admin
- 27 de out. de 2017
- 4 min de leitura
Obra:Mulher enxugando o braço esquerdo
Autor:Edgar Degas
Local:França
Ano:1844
Notícias sobre o entendimento polêmico da liberdade de expressão e suas restrições pelo País.
A Arte sendo criticada pelo entendimento de quem preserva seus costumes habituais.
Como Ilustrador e Escritor observo o quanto a Arte é contagiante e estimulante, o quanto nos emociona e deslumbra, o quanto nos revolta e inspira.
A Arte sempre fez parte da minha vida.
Sempre observando atentamente traços, detalhes, escrita, tons, sombras...
Movimento.
Desenvolvimento.
Capacidades sentidas e expressadas por artistas, por pessoas, por Seres Humanos.
Compreensível uma parcela de pessoas não gostarem ou entenderem.
Compreensível uma parcela de pessoas adquirirem novos conceitos.
Compreensível, também, o entusiasmo natural que move quem expressa suas emoções em arte dividindo-as...
E tudo isso é completamente normal e importante dentro do nosso sistema social.
Realizado artigo descrevendo minha opinião sobre estes conceitos, reafirmo o quanto vejo necessária as manifestações artísticas para a expressão em totalidade das emoções do Ser Humano, catarse e análise e ressalto a compreensão de se fazer necessária a classificação etária para não ferir os estatutos da criança e do adolescente que detém sobre os tutores legais e ao Estado diretrizes de conduta social.
Observo pertinente Exposições Artísticas e penso indispensável, ainda hoje a classificação etária para que não se condicione o desenvolvimento psicológico e emocional com base somente na visão sexual.
Em outros artigos, expressei meu entendimento sobre as faculdades mentais do Ser e o processo que nos trouxe a ser quem somos hoje.
Analisados erros e acertos individuais e coletivos, nossa educação e nossa cultura ainda fragilizadas por falta de estrutura nos condicionam a percebermos coisas diferentes e não simplesmente por sermos indivíduos.
Nunca objetivando um padrão, e sim percebendo que a base intelectual tem diferenças.
Penso que se tivéssemos na escola desde cedo a noção biológica e infectológica de saúde teríamos mais precauções no trato sobre o desenvolvimento sexual.
Penso que isso condicionaria mais consciência para todos e como reflexo não ser manipulado ou incentivado a alguma prática considerada nociva pelo observador.
Sendo uma base intelectual geral, a partir do conceito em que todos têm ciência dos riscos e benefícios, faça-se o que se quer de maneira consciente.
Como ainda não conseguimos adaptar o diálogo perpétuo coletivo sobre história, filosofia, psicologia, educação e cultura, ainda hoje em 2017 agredimos a opinião contrária ao que nos é confortável.
Talvez um dia no futuro, conseguiremos manter classificação etária sobre sexualidade e violência aos níveis em que a televisão aberta condiciona e prolifera ganância, corrupção, inveja e avareza que contagiam e incentivam ações de injustiça, preconceito, discriminação e ódio.
Contudo, hoje se faz necessária a classificação de menores de dezoito anos legalmente falando, para que crianças menores de quinze, dezesseis anos não sejam influenciadas diretamente pelo sentimento sexual de quem apresenta a obra.
Conversas em todo o País, e um consenso geral toma forma sobre a compreensão de que se faz necessário a indicação de faixa etária para apresentações públicas a luz de que não são todos as pessoas que conseguem mesmo que de forma crítica analisar e concluir, perceber e conhecer.
Assim como o sempre influente MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand determinou que somente maiores de dezoito anos pudessem entrar em sua exposição sobre arte e sexualidade iniciada neste mês, dia vinte outubro.
A mostra Histórias da sexualidade, com informação do próprio museu, é a primeira vez que exige classificação etária para maiores de dezoito anos com a justificativa de lei vigente.


Obra:Moema Autor:Henri de Toulouse-Lautrec
Autor: Victor Meireles Local:França
Local:Brasil Período:Década de 1880
Ano:1866
Nota do MASP:
Nota
"O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP vem a público oferecer esclarecimentos a respeito da classificação indicativa adotada para a exposição Histórias da sexualidade. O Estado de direito pressupõe que todos os brasileiros, sejam pessoas físicas ou jurídicas, obedeçam àquilo que dispõe a Constituição Federal de 1988, a qual consagra tanto a liberdade de expressão, quanto a proteção prioritária à criança e ao adolescente. Esses princípios constitucionais embasam, de um lado, a vedação a toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística e, de outro, a adoção de medidas de proteção ao menor pela família, pela sociedade e pelo Estado.
Nesse sentido, o MASP buscou orientação jurídica quanto ao enquadramento de exposições como “exibições e apresentações públicas”, o que importaria na autoclassificação indicativa, como previsto pelo Ministério da Justiça: “dispensados de análise prévia: espetáculos circenses, espetáculos teatrais, shows musicais e outras exibições e apresentações públicas. Essas devem se autoclassificar segundo os critérios do Manual de Classificação Indicativa e deste Guia Prático, mas estão dispensadas de apresentar requerimento ao Ministério da Justiça”.
Uma vez que a orientação jurídica confirmou a autoclassificação, houve a análise das obras integrantes da exposição Histórias da sexualidade, à luz dos critérios contidos no Guia Prático de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, tendo-se concluído que tal exposição deveria ser classificada como não permitida para menores de 18 anos.
A classificação etária de 18 anos implica a impossibilidade de menores de idade ingressarem na exposição, mesmo acompanhados de seus pais ou responsáveis ou portando autorização específica para tanto, conforme prevê a Portaria no. 368 do Ministério da Justiça: “Art. 8o. A prerrogativa dos pais e responsáveis em autorizar o acesso a obras classificadas para qualquer idade, exceto não recomendadas para menores de dezoito anos, não os desobriga de zelar pela integridade física, mental e moral de seus filhos, tutelados ou curatelados.”
Dessa forma, observando a regulamentação vigente e orientação jurídica sobre o tema, o MASP estabeleceu a autoclassificação de 18 anos, restringindo o acesso à referida exposição para menores de idade, mesmo que acompanhados de seus responsáveis. Tal classificação será restrita às galerias da exposição Histórias da sexualidade no 1o andar, 1o subsolo e sala de vídeo. As exposições Guerrilla Girls: gráfica, 1985-2017, Pedro Correia de Araújo: Erótica e Acervo em Transformação, nas galerias do 1º subsolo, 2o subsolo e 2o andar, respectivamente, continuarão abertas ao público em geral, com classificação livre."

Obra: Guanaroca
Autora: Ana Mendieta
Ano: 1981
Local: Cuba

Obra: Xipófagas Uterinas
Autora:Teresinha Soares
Local:Brasil
Período: 1965 à 1976
Informações analisadas e comentadas, apresenta-se o respaldo importante aos Museus e Centros Culturais, respeitosamente pelo site escarlateshadow.com.br
Que defende sempre a apresentação de Arte e Sexualidade respeitando a integridade intelectual, emocional e física do Ser Humano em seu desenvolvimento.
Observados os sites de pesquisa e seu devido crédito no rodapé.
Mais uma vez, obrigado por sua excelente companhia.
Escarlate Shadow
http://masp.art.br/masp2010/acervo_detalheobra.php?id=249
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/com-exposicao-sobre-sexualidade-masp-veta-pela-primeira-vez-entrada-de-menores-de-18-anos.ghtml
https://www.uai.com.br/app/noticia/artes-e-livros/2017/10/18/noticias-artes-e-livros,215328/exposicao-historias-da-sexualidade-abriga-400-obras-no-masp.shtml
http://veja.abril.com.br/blog/veja-recomenda/masp-abre-exposicao-sobre-sexualidade-confira-obras/
https://www.visaooeste.com.br/polemica-a-vista-masp-vai-ter-exposicao-historias-da-sexualidade/
http://gente.ig.com.br/cultura/2017-05-25/sexualidade.html
https://livreopiniao.com/2017/05/31/masp-apresenta-toulouse-lautrec-em-vermelho-a-maior-exposicao-dedicada-a-obra-do-artista-frances/
https://blogs.uoregon.edu/anamendieta/2015/02/20/rupestrian-sculptures/
https://catracalivre.com.br/sp/agenda/barato/sexualidade-feminina-de-teresinha-soares-ganha-exposicao-no-masp/






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